Tudo começa pela triagem das peças. Separe-as em grupos por cor (claras e escuras), pelo tipo de tecido (resistentes, delicados e os que soltam fiapos) e pelo uso (vestuário, peças íntimas, roupa de cama, banho, mesa e limpeza). Cada categoria deve ser lavada separadamente. E nem tudo pode ir para a máquina: “Peças de seda, renda ou com detalhes, como lantejoulas, são lavadas à mão”, orienta a especialista em organização residencial Ingrid Lisboa. “Essa separação respeita as características de composição de cada tecido e garante maior durabilidade de cada item”, alerta Flávia Ferrari, home expert e criadora do canal A Dica do Dia.
2 FIQUE DE OLHO NA ETIQUETA
Ela é o manual detalhado de cada peça, onde estão indicadas as recomendações sobre lavagem, uso de alvejante, secagem e se o tecido requer cuidado de lavanderias especializadas. Então é importante entender o que significa cada símbolo, que é universal (veja na tabela ao lado), e se orientar por ele. “Siga as recomendações à risca para evitar encolhimento ou manchas, afinal o fabricante conhece a composição do tecido e sabe como ele se comporta durante o processo”, diz Ingrid.
3 COMO LAVAR À MÃO
Peças que merecem esse tratamento têm o aviso na etiqueta. Em geral são frágeis, como seda e linho, ou têm detalhes, como bordados. Para cuidar desses tecidos, dilua o produto indicado para roupas delicadas em água antes de aplicá-lo. “Realizada de forma cuidadosa, a lavagem manual deve ser feita com movimentos de vaivém ou circulares, e força controlada. “Na hora de torcer, uma centrífuga manual de verduras ajuda a tirar o excesso de água. Depois, envolva a peça em uma toalha macia para acelerar a secagem”, completa a especialista. Nada de retorcer todo o tecido com as mãos!
4 CUIDADOS COM AS MANCHAS
O tratamento das peças manchadas é um passo fundamental do processo de lavagem. “Primeiramente, é preciso identificar a natureza de cada mancha. Encardidos de uso cotidiano em golas e punhos de camisas pedem aplicação prévia de sabão de coco, detergente líquido ou produtos próprios para pré-lavagem. Já nódoas de gordura, tomate ou vinho devem ser tratadas com métodos específicos. Flávia Ferrari ensina: “Nada de deixar de molho roupas com marcas oleosas. O melhor é cobrir a nódoa com talco ou amido de milho por 12 horas para absorção das partículas”. Já para as demais manchas, de maneira geral, o melhor mesmo é seguir as instruções dos rótulos de produtos a respeito de seu tempo de ação e uso – se aplicado no tecido ou dissolvido em água. E atenção ao tempo: “Após uma hora de molho, a maioria dos produtos já atingiu seu ápice de desempenho. Depois disso, pode ocorrer a proliferação de micro-organismos, o que deixará um cheiro ruim nas roupas”, lembra Flávia.
5 INSPEÇÃO COMPLETA
A roupa que irá para a lavadora deve ser examinada: esvazie os bolsos, feche todos os botões e zíperes de calças (isso evita que enganchem ou rasguem peças vizinhas), mas abra os botões de camisas. “Não indico lavar peças do avesso porque elas podem não ser limpas corretamente”, alerta Ingrid. “Apenas algumas tramas podem se beneficiar dessa prática, como lã ou plush”, acrescenta Flávia.
6 RESPEITE AS REGRAS DA MÁQUINA DE LAVAR
É importante seguir os ciclos indicados no painel para cada tipo de tecido. “Hoje em dia, a maioria das lavadoras tem em sua programação o tempo de molho e a ação apropriada para a carga e o nível de sujeira das peças”, diz Maria Belén Silvestris, gerente de marca na P&G do Brasil. A não obediência ao ciclo certo pode acarretar danos ao tecido – por exemplo: se você centrifugar demais um tecido frágil, ele pode esgarçar.
7 ÁGUA QUENTE OU FRIA?
A resposta também está na etiqueta! O cuidado é redobrado quando há essa opção na máquina de lavar,
pois alguns tecidos podem soltar tinta ou ter suas tramas danificadas em água quente. “Então, se for possível controlar a temperatura da água durante a lavagem, não ultrapasse a indicação sugerida nas etiquetas das roupas. O encolhimento, por exemplo, é irreversível”, reforça Maria Belén.
8 FAÇA DOSAGEM CERTA DOS PRODUTOS
Na hora de colocar sabão, amaciante ou alvejante na roupa, nunca exceda a quantidade recomendada nas embalagens dos produtos, pois podem restar resíduos. “Além de estragar as fibras, torná-las ásperas e deixar as cores opacas”, completa Maria. Por fim, vale lembrar que alvejantes com cloro só devem ser utilizados em roupas brancas. “Apenas os produtos sem cloro, formulados à base de água oxigenada, podem ser misturados ao sabão em pó”, complementa Flávia.
9 ESTENDA A ROUPA DE FORMA CORRETA
Antes de tudo, verifique a posição do seu varal: em locais fechados em que haja uma janela, para melhor aproveitamento da ventilação natural, é preferível que as varetas fiquem em posição perpendicular à abertura. Outra dica é secar à sombra – o sol direto pode amarelar roupas brancas e desbotar as coloridas. Pendure os tecidos que levam mais tempo para secar mais próximos da janela, enquanto peças leves podem ficar mais distantes. “Sacudir as roupas antes de estendê-las ajuda a soltar as fibras, desamarrotar a peça e liberar espaço para que o ar circule internamente e promova uma secagem mais rápida”, diz Flávia Ferrari. “Calças jeans são colocadas do avesso e presas pelas pernas, ao passo que regatas e camisetas ficam presas pela barra. Lençóis, toalhas de banho e de mesa não deformam se pendurados dobrados ao meio”, resume Ingrid. Por fim, camisas secam bem em cabides e tricôs e malhas vão melhor deitados sobre o varal, na horizontal. Sobre a utilização de pregadores, prefira os modelos sem ranhuras e coloque-os em porções mais firmes das peças como as costuras laterais, para evitar marcas.
10 COMO USAR A SECADORA
Sabe aquela história de que a secadora encolhe a roupa? É verdade, mas só se o uso for incorreto, se a temperatura de secagem for maior do que o tecido pode suportar. Por isso, mais uma vez, olho na etiqueta! O importante é ficar atento à temperatura e não ao tempo de secagem. Isso porque as novas lava e seca utilizam o sistema de condensação, que transforma a umidade dos tecidos em água, processo que leva muito mais
tempo do que o das secadoras convencionais, que usam a exaustão para eliminar a umidade por ar quente. No caso das lava e seca, cada modelo anuncia o peso máximo que comporta para lavar e secar, sendo que o volume de secagem é sempre menor que o da lavagem. Ou seja, para usar as duas funções, considere a capacidade de secagem como referência.